Apoiar os que mais precisam de nós

A realidade social de Lisboa concentra problemas que perduram no tempo e que continuamente se agravam. As cidades são hoje um ponto de reunião de diferentes sonhos, de diferentes conquistas, mas também de diferentes vulnerabilidades. 

Perante os olhos dos que mais sofrem, o estigma, a discriminação, o medo e o silêncio são ainda barreiras à educação, saúde, alimentação digna e cuidados sociais. 

A Lisboa solidária que almejamos é uma cidade que assume uma resposta eficaz e com efetiva resolução para os problemas da pobreza e da exclusão, assumindo muitas vezes uma dimensão intergeracional. 

A liderança política não deve apenas olhar para a solidariedade social como um instrumento de gratificação instantânea, mas sim como um pilar essencial da justiça, da liberdade e do progresso. Numa visão assente nos princípios da proximidade e da subsidiariedade, é fundamental a Câmara Municipal abordar a questão social como holística, transversal e coletiva. 

É essencial que Lisboa aprofunde o Estado Social Local, capaz de se adaptar às necessidades prementes do cidadão e de colmatar as lacunas do poder executivo que muitas vezes deixa para trás os mais frágeis. É assim primordial quebrar o ciclo de opções de políticas públicas condicionadas por preconceitos ideológicos extremados. 

Mais oportunidades para as Famílias

Muitos lisboetas vão convivendo com um sentimento de ansiedade e vulnerabilidade, agravado pela situação pandémica. Os trabalhadores com baixos salários enfrentam com dificuldade crescentes face ao agravamento do custo de vida e em particular da crise energética.  

Os mais jovens enfrentam obstáculos quase intransponíveis para constituir família e arranjar em Lisboa uma casa para morar. Os pobres verificam que não conseguem contrariar a pobreza que herdaram dos pais. 

O nosso objetivo é alinhar as políticas públicas com as aspirações das famílias lisboetas para as ajudar a concretizar os seus principais objetivos. Estamos empenhados em desenvolver programas municipais que privilegiam soluções que emergem da sociedade civil. Queremos criar melhores condições de vida aos lisboetas e estimular a sua força anímica e económica, garantindo que os programas municipais beneficiam as pessoas visadas pelos fins dos programas. 

Fortalecer as Associações, Instituições e Comunidades

A prioridade da cidade solidária é ajudar as famílias lisboetas a superar as dificuldades que enfrentam, especialmente os lisboetas mais esquecidos e desfavorecidos pelas circunstâncias da vida. Nenhum apoio social cumpre verdadeiramente a sua função eminentemente humana se criar incentivos que condenam os que mais precisam de nós a uma dependência permanente. 

O município é desafiado a avaliar o contributo que a política municipal pode dar para aprofundar as relações de proximidade e responsabilidade entre as pessoas. Queremos desenvolver políticas públicas que ajudem a fortalecer a vida social e comunitária de Lisboa, desde as famílias até à cidade como um todo, passando pelos bairros, escolas, freguesias, comunidades, associações civis e religiosas. 

Devolver o poder à sociedade civil lisboeta é a melhor forma contrariar o fenómeno da redução progressiva das relações pessoais que vem caracterizando a vida das grandes cidades e de construir a cidade solidária que Lisboa quer ser. 

Saúde Acessível

A pandemia do SARS Cov-2 traz ainda uma enorme incerteza sobre o futuro, mas é a autarquia e sua liderança que tem de dar um passo à frente e assegurar os melhores e mais eficazes cuidados de saúde. Tornar a saúde mais acessível está ao alcance da cidade. 

Nesse sentido, é urgente que os mais idosos, com mais de 65 anos de idade, possam usufruir de um Plano de Saúde para chegar aos mais vulneráveis e esquecidos pelo sistema, passando a estar identificados e sinalizados, mas também a ser contactados e encaminhados para os centros de saúde, onde lhes são atribuídos médicos de família. 

Lisboa tem hoje 10,5% da sua população com diabetes, é fundamental que a prevenção neste caso, e em tantas outras morbilidades, assume o papel central. As autarquias estão na primeira linha no acesso aos cuidados de saúde primários, e num ambiente de transferência de competências, cabe ao Executivo assegurar que ninguém é deixado para trás. 


Planos e Documentos Estratégicos

O Plano Municipal LGBTI+ 2020-2021 foi aprovado dia 17 de novembro de 2020, em reunião da Assembleia Municipal de Lisboa.

Disponibiliza informação detalhada e georreferenciada sobre: território, população, famílias, educação, mercado de trabalho, população sem abrigo, prestações sociais, imigração e interculturalidade e habitação.

Consulte o Atlas Social

Organizado segundo seis eixos estratégicos: cidade saudável; crescer com oportunidades; da vulnerabilidade à inclusão; diversidade cultural; envelhecimento ativo; qualidade dos serviços.

Consulte o Diagnóstico Social de Lisboa 2009 | Informação Complementar

Consulte o Diagnóstico Social de Lisboa 2015-2016