Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura
Instituído com o objetivo de promover e incentivar a qualidade arquitetónica
A Câmara Municipal de Lisboa informa que a atribuição do prémio Valmor e Municipal de Arquitetura não confere, por si só, a classificação do imóvel como “de interesse municipal”. Mais informa que não decorre da mera atribuição do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura qualquer benefício fiscal aos imóveis premiados.”
A 6 de novembro de 2024, Lisboa atribuiu os Prémios Valmor e Municipal de Arquitetura relativos aos anos 2018, 2019 e 2020, estando já em curso os trabalhos preparatórios de identificação e levantamento das obras concluídas após 2020, para que no primeiro semestre de 2025, sejam atribuídas as distinções relativas aos anos 2021, 2022, 2023 e 2024.
Regulamento
O regulamento atual foi aprovado na reunião da Assembleia Municipal em 16 de dezembro de 2003 decorrente da proposta 714/2003 para alteração.
Lista das atribuições do Prémio Valmor representada numa linha cronológica
História do Prémio Valmor
O Prémio Valmor surge na sequência de indicações deixadas no testamento do segundo e último visconde de Valmor, Fausto Queiroz Guedes
Instituído há mais de um século, o Prémio Valmor surge na sequência de indicações deixadas no testamento do segundo e último visconde de Valmor, Fausto Queiroz Guedes, diplomata, político, membro do Partido Progressista, par do reino, governador civil de Lisboa e grande apreciador de belas artes.
Falecido em França em 1878, segundo o seu testamento, uma determinada quantia de dinheiro era doada à cidade de Lisboa de modo a criar-se um fundo. Este passaria a constituir um prémio a ser distribuído em partes iguais ao proprietário e ao arquiteto autor do projeto da mais bela casa ou prédio edificado.
Surge assim, com o nome do seu instituidor, o Prémio Valmor de Arquitetura, cuja atribuição era da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, ficando esta sob fiscalização do Asilo de Mendicidade de Lisboa. A Câmara elaborou então um regulamento segundo o qual seria anualmente nomeado um júri de três membros, todos arquitetos, que avaliariam as várias edificações.
Adaptando-se a mudanças, quer de mentalidade, quer no modo de fazer arquitetura, quer ainda a nível de regulamento, é um dos mais prestigiados prémios de arquitetura em Portugal.
O Prémio Valmor continua a ser sinónimo de uma certa qualidade arquitetónica e construtiva, que indubitavelmente reflete os gostos dominantes nas diferentes épocas, destacando obras que fortalecem o património histórico e cultural da Cidade de Lisboa
Após uma primeira proposta de regulamento apresentada por Duarte Pacheco, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Ministro das Obras Públicas, o Prémio Municipal de Arquitetura viria a ser oficialmente instituído em 1943.
Partilhando muitas semelhanças com o Prémio Valmor, durante os anos em que foi atribuído, 1943-1957, o Prémio Municipal de Arquitetura premiaria obras de qualidade muito diversa, mas geralmente mais modernas do que as galardoadas pelo Prémio Valmor.
Apesar de um primeiro regulamento apenas contemplar edifícios de habitação, foi posteriormente alterado, permitindo assim um alargamento a qualquer tipo de edificação.
O atual Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura, resulta da fusão, em 1982, do Prémio Valmor e do Prémio Municipal de Arquitetura, sendo que as obras objeto de apreciação pelo júri são todas as que obtiveram licença de utilização no ano a que respeitam.
Em 2003 o regulamento foi atualizado, o Prémio adquiriu uma nova dimensão passando a contemplar, para além de construções novas ou reabilitadas, intervenções de arquitetura paisagística e o tratamento de espaço público urbano.
Este prémio é um estímulo e um incentivo para a qualidade da arquitetura que se faz em Lisboa, devendo a cidade prestar anualmente homenagem àqueles que melhor desenharam e construíram obras que marcam a imagem urbana da cidade.