Vale de Alcântara

Representa uma importante estrutura sobreposta ao sistema hídrico da cidade e um relevante eixo verde, ligando a área planáltica da cidade e a frente ribeirinha, na zona de Campolide a Alcântara.

O corredor, em construção, poderá no final ser integralmente percorrido a pé ou de bicicleta, sem recurso a veículos motorizados, contribuindo também para uma maior democratização na mobilidade sustentável em algumas áreas com algum grau de isolamento devido aos obstáculos da envolvente.

Articula objetivos de importância ecológica, relacionados com a regularização do sistema hídrico, a recuperação e aumento do coberto vegetal, a continuidade ecológica com o Parque Florestal de Monsanto e a utilização de água reciclada. A intervenção abrange cerca de 13 hectares, ao longo de mais de 3 km, harmonizando: corredores ciclo-pedonais, novos espaços verdes, mais e melhor iluminação, utilização de água reciclada para rega, equipamento urbano e mais de 700 novas árvores.

Ver mapa do Corredor verde do Vale de Alcântara
 

A intervenção está repartida em cinco grandes segmentos:

Mantendo a importância da Avenida de Ceuta como uma das principais vias de circulação automóvel da cidade, a intervenção garantirá o aumento da segurança rodoviária e da qualidade das acessibilidades, através da criação de uma faixa dedicada aos transportes públicos, e de mais e melhores pontos de atravessamento e acesso às áreas habitacionais.

A água é um dos aspetos-chave de toda a intervenção. A moderna ETAR de Alcântara, o maior edifício da Europa em cobertura verde, permitirá a reutilização da água que percorre o vale através do respetivo caneiro, sobretudo para a rega de espaços verdes, por meio de uma rede que irá alargar-se a outros pontos da cidade.

Um novo viaduto ciclo-pedonal facilita o acesso da Estação de Campolide ao novo Parque Urbano da Quinta da Bela Flor, ativando-se assim uma área vital da cidade sendo finalmente possível caminhar entre os Arcos do Aqueduto das Águas Livres e contemplar o Parque Florestal de Monsanto, mesmo em frente.

Através da recuperação das áreas expetantes do Bairro da Liberdade, no âmbito  do Programa do Orçamento Participativo, e da remodelação rodoviária na envolvente da estação de Campolide, foi construído um novo percurso ciclo-pedonal,  integrado numa estrutura verde com equipamento e mobiliário que liga a Quinta do Zé Pinto e o Parque Florestal de Monsanto a Estação de Campolide e ao Aqueduto das Águas Livres.

A  obra na Quinta da Bela Flôr visou a criação de um Parque Urbano de modo a que este fizesse parte integrante do "Corredor Estruturante do Vale de Alcântara".

A intervenção teve como objectivo, estabelecer a continuidade do corredor verde através de um percurso pedonal e ciclável, desde a Calçada da Quintinha até perto da entrada da passagem inferior sob a linha férrea, garantindo assim, a ligação com a Av. de Ceuta.

Os trabalhos realizados incluíram demolições, movimentos de terras, construção de uma pequena bacia de retenção, percursos pedonável e ciclável, redes de drenagem, iluminação pública, construção de áreas pavimentadas incluindo zona de estacionamento e criação de zonas verdes, assim como o aumento da área hortícola que já existia.

Partindo do Corredor Verde Monsanto - Parque Eduardo VII, nasce, no Parque Urbano da Quinta do Zé Pinto, o novo Vale de Alcântara, assente na sucessão de novos espaços verdes na direção do Bairro da Liberdade e do Aqueduto das Águas Livres.