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Life Lungs: quando as ovelhas estão à solta por Lisboa


Não se admire de ver ovelhas a pastar em Lisboa, esta é a primeira das 14 saídas previstas até 2021, no âmbito do projeto Life Lungs.

Até há umas décadas atrás era usual, ao passearmos por Lisboa, depararmo-nos com rebanhos de cabras e ovelhas. A 18 de dezembro de 2020 esta tradição voltou a ser recuperada, na ação inaugural da 1ª fase do pastoreio urbano por ovelhas no Parque da Belavista Sul, no âmbito do projeto Life Lungs.

Foram 20 as ovelhas que constituíram o rebanho que deu início a esta iniciativa que tem como propósito “associar o pastoreio de animais à manutenção dos prados biodiversos da infraestrutura verde da cidade, e assim as ovelhas alimentam-se, fertilizam o solo e contribuem para a paisagem”, explica José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, Clima e Energia e Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Esta foi a primeira de 14 saídas do rebanho previstas até maio de 2021.

Este projeto tem o objetivo de dar continuidade à manutenção e crescimento das estruturas verdes da cidade, sejam parques, jardins, hortas ou prados, de atenuar as ondas de calor e a escassez hídrica previstas para um futuro cada vez mais próximo e de tornar a cidade mais resiliente ao aumento das temperaturas. “Além de reduzir o esforço humano e o consumo de energia associados ao corte tradicional, a tarefa do rebanho é também a de potenciar os serviços de ecossistema das pastagens, aumentando a matéria orgânica do solo e a sua humidade relativa, contribuindo assim para o controlo da taxa de erosão”, acrescenta a Câmara Municipal de Lisboa.
A isto acresce a função pedagógica, que não ficou esquecida, “as pessoas podem aprender muito com o que estão a ver” acrescenta o vereador.

Esta primeira fase do pastoreio de animais foi desenvolvida com o apoio da Quinta Pedagógica dos Olivais, um equipamento público onde habitam ovinos das raças Campaniça, Cruzada e Merino Preto, estando a última em vias de extinção. E a experiência ambiental teve início numa área onde foi instalado um prado de sequeiro biodiverso, rico em leguminosas, um coberto alternativo aos relvados tradicionais, independente de irrigação e com “alto poder de fixação de carbono e azoto estável”, resiliente e promotor da “biodiversidade florística”, refere a CML.

Tendo como nome oficial “Rebanho de ovelhas como agente urbano não mecânico de controlo de vegetação e conservação do solo”, esta ação de pastoreio estará no terreno até maio, data em que será realizado um relatório de avaliação.

Para albergar os animais está a ser construído um ovil, a partir da remodelação de uma estrutura já existente no parque e que será testado em abril, onde o rebanho ficará alojado durante 11 dias.

Este projeto que acontece na reta final do ano Lisboa Capital Verde da Europa vem, desta forma, “cumprir uma ideia há muito defendida pelo Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles”, acrescenta o vereador. 

O projeto Life Lunggs foi o primeiro projeto Life ganho pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2019. O programa…

Não se admire de ver ovelhas a pastar em Lisboa, esta é a primeira das 14 saídas previstas até 2021, no âmbito do projeto Life Lungs.

Até há umas décadas atrás era usual, ao passearmos por Lisboa, depararmo-nos com rebanhos de cabras e ovelhas. A 18 de dezembro de 2020 esta tradição voltou a ser recuperada, na ação inaugural da 1ª fase do pastoreio urbano por ovelhas no Parque da Belavista Sul, no âmbito do projeto Life Lungs.

Foram 20 as ovelhas que constituíram o rebanho que deu início a esta iniciativa que tem como propósito “associar o pastoreio de animais à manutenção dos prados biodiversos da infraestrutura verde da cidade, e assim as ovelhas alimentam-se, fertilizam o solo e contribuem para a paisagem”, explica José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, Clima e Energia e Estrutura Verde da Câmara Municipal de Lisboa (CML). Esta foi a primeira de 14 saídas do rebanho previstas até maio de 2021.

Este projeto tem o objetivo de dar continuidade à manutenção e crescimento das estruturas verdes da cidade, sejam parques, jardins, hortas ou prados, de atenuar as ondas de calor e a escassez hídrica previstas para um futuro cada vez mais próximo e de tornar a cidade mais resiliente ao aumento das temperaturas. “Além de reduzir o esforço humano e o consumo de energia associados ao corte tradicional, a tarefa do rebanho é também a de potenciar os serviços de ecossistema das pastagens, aumentando a matéria orgânica do solo e a sua humidade relativa, contribuindo assim para o controlo da taxa de erosão”, acrescenta a Câmara Municipal de Lisboa.
A isto acresce a função pedagógica, que não ficou esquecida, “as pessoas podem aprender muito com o que estão a ver” acrescenta o vereador.

Esta primeira fase do pastoreio de animais foi desenvolvida com o apoio da Quinta Pedagógica dos Olivais, um equipamento público onde habitam ovinos das raças Campaniça, Cruzada e Merino Preto, estando a última em vias de extinção. E a experiência ambiental teve início numa área onde foi instalado um prado de sequeiro biodiverso, rico em leguminosas, um coberto alternativo aos relvados tradicionais, independente de irrigação e com “alto poder de fixação de carbono e azoto estável”, resiliente e promotor da “biodiversidade florística”, refere a CML.

Tendo como nome oficial “Rebanho de ovelhas como agente urbano não mecânico de controlo de vegetação e conservação do solo”, esta ação de pastoreio estará no terreno até maio, data em que será realizado um relatório de avaliação.

Para albergar os animais está a ser construído um ovil, a partir da remodelação de uma estrutura já existente no parque e que será testado em abril, onde o rebanho ficará alojado durante 11 dias.

Este projeto que acontece na reta final do ano Lisboa Capital Verde da Europa vem, desta forma, “cumprir uma ideia há muito defendida pelo Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles”, acrescenta o vereador. 

O projeto Life Lunggs foi o primeiro projeto Life ganho pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2019. O programa LIFE é um instrumento de financiamento da União Europeia para o ambiente e ação climática, tratando-se, desta forma, de um projeto cofinanciando, com um orçamento global de 2,7 milhões de euros (com 55% de financiamento comunitário) para ações até 2024, e que tem como parceiro a cidade de Málaga, Espanha.

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