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Cultura 

Câmara Municipal de Lisboa lamenta morte da pianista Olga Prats

A Câmara Municipal de Lisboa lamenta profundamente o desaparecimento da pianista Olga Prats, aos 82 anos, e envia à família e amigos as mais sentidas condolências.

Olga Prats - © Facebook Olga Prats

Nascida em Lisboa, a 4 de novembro de 1938, iniciou a sua formação aos cinco anos de idade com a sua mãe, que era professora de piano, e aos seis anos com o professor e pedagogo João Maria Abreu e Motta, a título particular, tendo realizado o seu primeiro recital no Teatro Municipal de São Luiz, aos 14 anos.

Concluiu o curso de piano no Conservatório Nacional aos 19 anos, tendo posteriormente sido bolseira do Instituto de Alta Cultura na Escola Superior de Música em Colónia, com os professores Gaspar Cassadó e Karl Pillney, e também patrocinada pelo governo alemão, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, com destino a Friburgo e sob orientação de Carl Seeman e Sándor Végh. Durante estes anos na Alemanha ganhou o prémio para melhor estudante estrangeira (1958).

Regressou a Portugal, em 1960, e continuou a sua formação musical com Helena Sá e Costa, tendo ganho em 1965 o Prémio Luís Costa, atribuído à melhor intérprete de música espanhola.

Foi professora convidada nas classes de música de câmara de Paul Tortelier, Ludwig Streicher e Karen Georgian, e colaborou com diversas orquestras, tais como a Orquestra de Câmara do Festival de Pommersfelden, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica de Buenos Aires, a Orquestra do Porto e Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional.

O seu vasto repertório abrange uma diversidade de estilos, ficando célebres as suas interpretações de compositores clássicos tais como Bach, Schumann, Brahms e Stravinsky, mas de igual modo deu a conhecer notáveis autores contemporâneos, tais como Fernando Lopes Graça e Astor Piazzola, e colaborações com autores de relevo tais como Constança Capdeville e António Victorino d'Almeida. Foi também pioneira na divulgação do fado ao piano, nomeadamente as composições de Alexandre Rey Colaço e Eduardo Burnay.

Foi professora do Conservatório Nacional entre 1970 e 1984 e, desde 1983, integrava o corpo docente da Escola Superior de Música de Lisboa, onde foi coordenadora da classe de Música de Câmara, para além de ser orientadora de vários cursos dedicados à música portuguesa do século XX.

Para além da docência, da gravação e das atuações ao vivo, ficando célebres as realizadas com o grupo Opus Ensemble, integrou o júri de relevantes concursos de interpretação nacionais e internacionais, tais como o Concurso de Música de Câmara da Rádio da Baviera, o Concurso Internacional de Piano Viana da Motta e o Prémio Jovens Músicos.

A 6 de junho de 2008, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
 

Nascida em Lisboa, a 4 de novembro de 1938, iniciou a sua formação aos cinco anos de idade com a sua mãe, que era professora de piano, e aos seis anos com o professor e pedagogo João Maria Abreu e Motta, a título particular, tendo realizado o seu primeiro recital no Teatro Municipal de São Luiz, aos 14 anos.

Concluiu o curso de piano no Conservatório Nacional aos 19 anos, tendo posteriormente sido bolseira do Instituto de Alta Cultura na Escola Superior de Música em Colónia, com os professores Gaspar Cassadó e Karl Pillney, e também patrocinada pelo governo alemão, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, com destino a Friburgo e sob orientação de Carl Seeman e Sándor Végh. Durante estes anos na Alemanha ganhou o prémio para melhor estudante estrangeira (1958).

Regressou a Portugal, em 1960, e continuou a sua formação musical com Helena Sá e Costa, tendo ganho em 1965 o Prémio Luís Costa, atribuído à melhor intérprete de música espanhola.

Foi professora convidada nas classes de música de câmara de Paul Tortelier, Ludwig Streicher e Karen Georgian, e colaborou com diversas orquestras, tais como a Orquestra de Câmara do Festival de Pommersfelden, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica de Buenos Aires, a Orquestra do Porto e Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional.

O seu vasto repertório abrange uma diversidade de estilos, ficando célebres as suas interpretações de compositores clássicos tais como Bach, Schumann, Brahms e Stravinsky, mas de igual modo deu a conhecer notáveis autores contemporâneos, tais como Fernando Lopes Graça e Astor Piazzola, e colaborações com autores de relevo tais como Constança Capdeville e António Victorino d'Almeida. Foi também pioneira na divulgação do fado ao piano, nomeadamente as composições de Alexandre Rey Colaço e Eduardo Burnay.

Foi professora do Conservatório Nacional entre 1970 e 1984 e, desde 1983, integrava o corpo docente da Escola Superior de Música de Lisboa, onde foi coordenadora da classe de Música de Câmara, para além de ser orientadora de vários cursos dedicados à música portuguesa do século XX.

Para além da docência, da gravação e das atuações ao vivo, ficando célebres as realizadas com o grupo Opus Ensemble, integrou o júri de relevantes concursos de interpretação nacionais e internacionais, tais como o Concurso de Música de Câmara da Rádio da Baviera, o Concurso Internacional de Piano Viana da Motta e o Prémio Jovens Músicos.

A 6 de junho de 2008, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
 

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